Jatinho, empresas e ligação com o “Careca do INSS”: saiba o que pesa contra suplente de Efraim Filho alvo da PF


A mais recente etapa da Operação Sem Desconto colocou sob forte escrutínio o empresário Erik Marinho, segundo suplente do senador Efraim Filho (União Brasil PB). A ofensiva foi deflagrada nesta quinta-feira (18) pela Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal, e apura um esquema nacional de descontos ilegais em benefícios previdenciários.

Por determinação judicial, Erik Marinho passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica, teve o passaporte recolhido e ficou impedido de deixar o país. As medidas cautelares foram autorizadas pelo ministro André Mendonça, diante do avanço das investigações e do risco de ocultação de patrimônio.

Segundo a Polícia Federal, o suplente de senador aparece como elo financeiro de um grupo suspeito de movimentar recursos obtidos de forma irregular a partir de aposentadorias e pensões do INSS. Os investigadores sustentam que ele teria participado da estrutura usada para disfarçar a origem do dinheiro, por meio de empresas e operações consideradas atípicas.

Um dos principais focos da apuração envolve a ligação de Erik Marinho com Antônio Camilo, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como operador central do esquema. A PF investiga indícios de que ambos atuaram de forma articulada para esconder bens, realizar transações financeiras suspeitas e manter uma rede empresarial voltada à blindagem patrimonial.

Entre os elementos reunidos no inquérito está a aquisição de uma aeronave avaliada em cerca de R$ 2,8 milhões, registrada em nome da empresa Air Connect S A. A companhia tem como sócia a esposa de Erik Marinho, o que, para a PF, reforça a suspeita de uso de terceiros para ocultar a real propriedade de bens de alto valor.

Outro ponto que pesa na investigação é o uso do avião por personagens do meio político. A Polícia Federal analisa voos realizados por autoridades e empresários ligados ao esquema, tentando identificar se a aeronave foi utilizada apenas de forma eventual ou se fazia parte da engrenagem logística do grupo investigado.

A presença de um suplente de senador no centro das apurações ampliou o impacto político da operação e reacendeu o debate sobre a influência de estruturas empresariais em esquemas de fraudes previdenciárias. Nos bastidores, investigadores avaliam que esta fase da Operação Sem Desconto não deve ser a última e que novas medidas e novos alvos podem surgir à medida que a análise financeira avance.

Fonte83

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