O deputado federal Mersinho Lucena (PP, em processo de desfiliação) reafirmou nesta quinta-feira (9), em entrevista ao Arapuan Verdade, que a saída do seu pai, o prefeito Cícero Lucena, do Progressistas não significa rompimento político com o governador João Azevêdo (PSB). Segundo o parlamentar, a decisão foi motivada exclusivamente por questões internas da legenda e não altera a aliança entre o grupo liderado pelo prefeito Cícero Lucena e o Governo do Estado.
“Não rompemos com o governador. Apenas nos desfiliamos de um partido que já tinha uma candidatura posta, a do vice-governador Lucas Ribeiro. Era um partido familiar, onde as decisões já vinham prontas de casa. Não nos sentimos confortáveis em permanecer num espaço que não permitia, nem mesmo, o direito de disputar uma pré-candidatura”, explicou Mersinho, durante entrevista.
O deputado destacou que a parceria entre a Prefeitura de João Pessoa e o Governo do Estado tem gerado resultados concretos e que esse alinhamento será mantido, com perspectiva de apoio à possível candidatura de João Azevêdo ao Senado Federal em 2026.
“Sem dúvida nenhuma, temos essa perspectiva de votar no governador João Azevêdo para o Senado. É um reconhecimento ao trabalho que ele tem feito na Paraíba e à junção de forças entre a prefeitura e o governo. Isso permanece”, assegurou.
Mersinho também saiu em defesa do prefeito Cícero Lucena, que deixou o PP no início de setembro, após o partido declarar apoio ao projeto de Lucas Ribeiro para o governo estadual. Segundo o deputado, o prefeito, que já governou João Pessoa por quatro mandatos, foi desrespeitado dentro da legenda ao não ter sequer o direito de apresentar seu nome como pré-candidato ao governo estadual.
“Poucos no Brasil foram prefeitos de capital quatro vezes. E Cícero foi. Como pode não ter sequer o direito natural de se colocar como pré-candidato? A história dele fala por si. Muitos tentaram colocá-lo em rota de colisão com João Azevêdo, mas o povo da Paraíba está vendo quem é quem. Cícero continua forte e comprometido com os interesses da cidade e do estado”, concluiu.
PB Agora
