O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empossou nesta terça-feira (23), no Palácio do Planalto, o novo ministro do Turismo, Gustavo Feliciano. Paraibano, ele assume o cargo no lugar de Celso Sabino, que foi demitido após articulações internas de uma ala governista do União Brasil — partido responsável por sua indicação e do qual acabou expulso.
Filho do deputado federal Damião Feliciano (União-PB), líder da bancada negra da Câmara, Gustavo Feliciano é aliado político do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que confirmou ter tratado da indicação diretamente com o presidente Lula. Setores do União Brasil contrários ao governo atribuem a articulação da mudança no ministério a Motta, que busca estreitar relações com o Planalto visando às eleições de 2026, quando pretende lançar seu pai, o prefeito de Patos, Nabor Wanderley, ao Senado.
A cerimônia de posse contou com a presença de diversas lideranças políticas, incluindo deputados do União Brasil, PP e PSD, além do governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), e do próprio Hugo Motta.
Em seu discurso, o novo ministro defendeu um turismo mais inclusivo e acessível:
“Turismo tem que ser do povo, pelo povo e para o povo. Não pode ser só de rico”, afirmou. Segundo Feliciano, ampliar o acesso ao lazer e às viagens é uma forma de promover justiça social, geração de emprego e renda. “Felicidade e alegria não podem ser uma questão de classe social”, destacou.
Gustavo Feliciano agradeceu a confiança do União Brasil e elogiou a liderança de Hugo Motta, a quem chamou de uma das principais referências políticas do país. Para ele, a chegada de um paraibano ao ministério reflete a força política do estado no cenário nacional.
Lenilson Balla
